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  • Luli e Alex

O MERCADO GASTRONÔMICO NO BRASIL


Na contramão de todas as previsões, apesar da crise que vive o Brasil desde 2013, o mercado de gastronomia vem crescendo em nosso país, gerando oportunidades de negócios e empregos e movimentando a economia em uma ascendência constante. O aumento da procura por cursos, sejam técnicos ou universitários, é um outro fator que mostra que a gastronomia está em alta. Talvez, os programas exibidos constantemente na mídia tenham alguma influência nesse crescimento. Esse pode ser um próximo tema para tratarmos aqui na Comer, Beber e Pensar; mas, mesmo sem uma investigação científica sobre o assunto, podemos afirmar com segurança que Chefs, Cozinha, Restaurantes, Receitas, Vinhos... estão na moda!

Fique bem claro que não estamos dizendo, aqui, que a crise não interferiu nesse mercado, houve sim uma certa diminuição de crescimento, porém, em vista do que os outros setores passam, a gastronomia não deixou de crescer. Cresce em menor velocidade, no entanto, continua crescendo. Citamos, por exemplo, dados levantados pela Pesquisa de Conjuntura Econômica do Setor de Alimentação Fora do Lar, realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), com o apoio da Fispal Food Service: Referente ao 3º trimestre de 2016, o levantamento indicou que, apesar do cenário econômico instável, mais empresas – 28% contra 25% na pesquisa realizada no mesmo período de 2015 – estão conseguindo melhorar sua rentabilidade. Outro ponto favorável em relação aos empreendimentos é que, mesmo diante da instabilidade, 85% dos empresários irão manter seus negócios em pleno funcionamento.

Mesmo com o crescimento, é óbvio, que o segmento sofreu modificações. O aumento dos custos operacionais (como preços de insumos, água, luz, aluguéis, taxas condominiais e outras despesas das empresas), associado à mudança de comportamento dos consumidores frente à recessão, fez com que os empresários do ramo precisassem reinventar seus negócios. Assim, as empresas do setor apostaram em reorganização empresarial, diversificação e precificação de produtos e promoções atrativas. Há quem diga que esse aprendizado, pelo qual passou a gestão do setor de gastronomia com a crise, fará com que o segmento passe a crescer ainda mais.

A mesma pesquisa que citamos acima apresentou também os seguintes dados, referentes ao ano todo de 2016:

O tíquete médio gasto com alimentação fora do lar foi de R$13, um acréscimo de 8%.

Em relação à faixa etária, a maior parte dos compradores (30%) possui entre 18 e 34 anos, seguido pelas faixas de 35 a 49 (26%), 50 anos ou mais (20%) e menores de 18 anos (18%). A classe A é a mais presente, com 50% de penetração, seguida pela B com 38% e 19% para C e D.

Um outro fator importante que devemos considerar é o fato de o Brasil ser um país de forte atividade turística. Para o turismo, a gastronomia é essencial. O visitante pode viajar com carro próprio (não utilizando transportes turísticos), ficar na casa

de um amigo ou parente (não utilizando hospedagem), mas, o serviço de alimentação será com certeza utilizado sempre!

“O prazer da mesa pertence a todas as épocas, todas as condições, todos os países e todos os dias; pode se associar a todos os outros prazeres, e é sempre o último para nos consolar da perda destes.”

Brillat-Savarin

Pensando em tudo isso, foi que decidimos incluir a coluna Comer, Beber e Pensar aqui no Argonautas! Traremos quinzenalmente assuntos relacionados à gastronomia e todas as suas amplitudes mercadológicas, em variados temas:

  • Receitas;Dicas de Harmonização em Enogastronomia;

  • Entrevistas com profissionais e empreendedores bem colocados no mercado;

  • Críticas e dicas gastronômicas;Tendências gastronômicas;

  • Crônicas;

  • Pesquisas acadêmicas na área...

  • Esperamos poder contar com sua presença! Seja bem vindo!

Luli & Alex


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