A grande final da quarta edição do MasterChef amadores, ontem, foi bem emocionante! As finalistas eram Deborah Werneck e Michele Crispim. Ambas, sem dúvida nenhuma, merecedoras de chegar até essa etapa da competição pela competência nas técnicas culinárias. Porém, perfis de pessoas completamente diferentes:
Deborah: carioca, 30 anos, moradora da cidade de São Paulo, formada em Administração e atuando como assessora de investimentos. Sonhava em usar seu conhecimento para abrir seu próprio negócio na área de gastronomia. Desinibida, descontraída e, por vezes, arrogante, mostrou-se segura por toda a competição. Seu menu para competir a final traduziu sua personalidade. Vieras, lagostim, folhado... ou seja, requinte e, por que não dizer, prepotência e autoafirmação.
Michele: nascida em Florianópolis, 28 anos, formada em Gestão de Pessoas e amante da gastronomia. Perfil tímido e introspectivo, se mostrou por muitas vezes insegura e instável emocionalmente. O menu escolhido por Michele também a traduzia. Tutano, cupim, tapioca... Brasilidade com requinte de MasterChef e muito amor envolvido!
O perfil de Michele a fez ser subestimada pelos competidores do programa, que por muitas vezes, desacreditavam que ela poderia ter chegado tão longe na disputa. O programa de ontem deixou muito claro que a torcida dos participantes era quase toda para Deborah.
Porém, o público já estava todo conquistado pela determinação da catarinense. Na minha opinião, o menu de Michele foi muito mais original e criativo! E o que a fez ser vencedora foi a paixão! Gastronomia é uma arte e o artista precisa impressionar e conquistar. Um artista só conquista se atuar com amor e paixão. Entre lágrimas e nervosismo, Michele ontem mostrou para que veio. Não cozinhou com o objetivo único de impressionar jurados. Cozinhou com objetivo de transferir para a comida seu amor, sua dedicação, sua seriedade e seu respeito com os alimentos. E foi isso que fez com que a paixão vencesse o requinte!
Parabéns, Michele!