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  • Renato Arthur Franco Rodrigues

Sindicatos e Movimentos Trabalhistas e a Gestão de Pessoas


O início da mobilização trabalhista e a formação dos primeiros sindicatos no mundo remontam à virada do século XIX para o século XX. No Brasil, os primeiros movimentos trabalhistas surgem nas primeiras décadas do século passado.

A Gestão de Pessoas, anteriormente configurada como Administração de Recursos Humanos, teve seu início a partir da segunda metade do século XX. Desta maneira, a Gestão de Pessoas surge posteriormente ao sindicalismo, como uma necessidade das empresas em cuidar dos seus empregados, ou modernamente, de seus colaboradores

Embora os movimentos trabalhistas e os sindicatos tenham, desde o início, batalhado por melhorias nas condições de trabalho, estes movimentos tiveram e continuam tendo um escopo de atuação mais abrangente. Seu campo de batalha se dá na esfera política e, portanto, estes movimentos possuem pautas mais amplas tais como regulação da reforma trabalhista, mediação das relações entre patrões e empregados, fiscalização das condições de trabalho, defesa dos direitos trabalhistas, entre outras temáticas. A atuação destes movimentos, portanto, se dá muito além das fronteiras organizacionais.

A Gestão de Pessoas, por sua vez, busca otimizar o rendimento dos trabalhadores, considerando os objetivos e metas propostos pela organização. Desta maneira, a Gestão de Pessoas, por mais que busque a melhoria das condições de trabalho, é uma ferramenta organizacional, vale dizer, esta segue em última análise o fim último de uma empresa – a lucratividade.

Além de atuarem de uma forma mais abrangente do que a gestão de pessoas, os movimentos sindicais e trabalhistas também representam importantes setores profissionais que não possuem área de gestão de pessoas em seus respectivos contextos laborais. Desta maneira, as demandas destas categorias são negociadas entre as empresas e os trabalhadores, por intermédio dos sindicatos. São exemplos destas categorias profissionais os professores, operários, trabalhadores da construção civil, profissionais da saúde, transportadores, etc. Estas categorias, seja por trabalharem de forma autônoma, seja por atuarem em contextos laborais mais específicos, não podem recorrer aos departamentos de gestão de pessoas para reivindicar melhorias nas suas condições de trabalho. Portanto, a atuação dos sindicatos, neste sentido ganha ainda mais relevância para estas categorias profissionais.

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