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  • Camilla Cunha

Mercado internacional. Há lugar para a pequena empresa?


Atuar além das fronteiras é uma atividade desafiadora, especialmente para a realidade das micro e pequenas empresas. As MPE enfrentam obstáculos como limitação de recursos e dificuldade de acesso a informação que lhe dê suporte para inserção competitiva no mercado internacional. Outro aspecto relevante é que essas empresas não possuem uma estratégia formal para internacionalização, ou seja, muitas vezes atuam com base em questões emergentes e oportunidades ocasionais.

Mesmo com as dificuldades enfrentadas, a internacionalização é também uma estratégia a ser buscada pelas MPE. Para isso, é preciso encontrar alternativas criativas para driblar tantos obstáculos e conseguir conquistar espaço além de suas fronteiras. Os autores Mejri e Umemoto (2010) reforçam que na internacionalização de pequenas empresas, sobretudo considerando que estas possuem recursos limitados, o caminho para suprir a falta dos recursos tangíveis é por meio dos intangíveis. Nesta perspectiva, é possível notar a relevância do conhecimento na preparação e condução dos processos de internacionalização de empresas de pequeno porte.

O conhecimento é considerado fator que impulsiona a entrada e permanência das empresas no mercado internacional, principalmente, levando em conta a realidade da micro e pequena empresa. É necessário buscar, analisar, assimilar e compartilhar as informações existentes no ambiente externo de maneira a subsidiar a tomada de decisão no ambiente interno; situações em que uma gestão baseada em conhecimento apresenta-se como estratégia importante. Trata-se de um caminho viável para que as empresas possam superar os obstáculos existentes e fortalecer sua atuação no mercado internacional.

Ao se internacionalizarem, as empresas necessitam adquirir competências e, ao mesmo tempo, aprendem enquanto internacionalizam. Aprender novas competências ajuda às empresas a competir, sobreviver e crescer.

O desafio de internacionalizar e competir no mercado global é reforçado por Kotler (1998) que destaca a necessidade de as empresas estarem preparadas para atuar no cenário internacional, bem como para enfrentar os principais concorrentes mundiais no mercado doméstico. Sendo assim, podemos perceber a conquista de novos mercados, mas também a preocupação de reter os mercados já conquistados, inclusive o mercado interno.

Para entender melhor este cenário, basta pensar na quantidade de empresas estrangeiras instaladas em sua cidade ou mesmo seu consumo de produtos importados. Como lidar com esta concorrência tão próxima?

Sabe-se que ‘a melhor defesa é o ataque’, ou seja, o foco central é a competitividade, seja para conquistar novos mercados, fidelizar clientes, inovar, crescer e/ou ocupar seu espaço. As atenções precisam estar voltadas para o produto, processo produtivo, preço, comunicação, redes de relacionamento, distribuição, enfim, entregar valor ao cliente.

Prashantham (2005) defende que a chave para uma internacionalização bem sucedida é uma abordagem holística para desenvolver e fortalecer recursos disponíveis e potenciais da empresa, com destaque especial para criação, aquisição e compartilhamento do conhecimento. O conhecimento é considerado um fator que impulsiona a entrada e permanência das empresas no mercado internacional.

Nota-se que tem crescido o interesse dos acadêmicos por estudar os desafios e as potencialidades do processo de internacionalização de micro e pequenas empresas. Eu acredito que a integração entre academia e realidade empresarial apresenta-se como caminho interessante na busca por soluções para problemas do cotidiano das empresas.

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