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  • Camilla Cunha

Fronteiras quebradas


Por que as empresas deixam seu território e passam a atuar além das fronteiras?

Durante o processo de internacionalização as empresas se deparam com alguns obstáculos como as diferenças culturais, políticas, monetárias, cambiais, legislativas, linguísticas e ainda têm que adaptar seus produtos de forma a atender as preferências e exigências do consumidor estrangeiro.

Inicialmente podemos pensar que esta atitude seria um tanto quanto arriscada, principalmente, se analisarmos a realidade das empresas brasileiras, uma vez que Brasil é um país com dimensões continentais e tem mais de 200 milhões de consumidores. Não seria mais fácil vender para outro estado brasileiro a ter que conquistar novos mercados no exterior?

Por que ainda assim as empresas se envolvem com o mercado externo? Quais as vantagens esta atuação externa pode trazer para a empresa?

Para entender tais questionamentos, precisamos conhecer entender o contexto econômico, político e social que estas empresas estão inseridas. Thomas Friedman já dizia que o Mundo é plano, Manuel Castell que a sociedade está em rede, Samuel Huntington do choque das civilizações, assim como vários outros autores mostram qual é este contexto. É um mundo, onde as fronteiras estão quebradas, possibilitando que um produto seja desenvolvido no Brasil, fabricado na China, comercializado na Europa e diversas outras interações. Com apenas um clique os consumidores podem comprar produtos de qualquer lugar do mundo.

Como ficar fora deste movimento? Não basta apenas pensar nos consumidores brasileiros, as empresas precisam buscar seus clientes onde quer que eles estejam. No exterior não estão apenas os clientes, mas também os fornecedores e os parceiros. A questão de ordem é competitividade global.

É preciso perceber a mudança na visão tradicional do fenômeno da internacionalização que antes era visto apenas como ida da empresa para o mercado internacional. A internacionalização pode ser entendida como as diversas maneiras de uma empresa se relacionar com o mercado externo, seja vendendo ou comprando produtos e serviços, fazendo parcerias, instalando fábricas no exterior ou outra forma de fazer negócio em nível global. Assim, nota-se que internacionalização é mais abrangente que a exportação, que ainda é a estratégia mais utilizada pelas empresas para entrada em mercados internacionais, sobretudo aquelas de menor porte.

Existem várias formas de uma empresa se relacionar com o mercado externo como a exportação, importação, parcerias, alianças estratégicas, licenciamento, joint ventures, investimento externo direto e outros.

A partir dessa abordagem mais ampla, é possível compreender que a internacionalização está associada a questões de competitividade global, em que as empresas buscam estratégias nos mercados externos ou mesmo ações no mercado interno com vistas a se preparar para enfrentar maior concorrência decorrente da abertura da economia.

A arena internacional pode oferecer muitas vantagens como a possibilidade de diluir riscos, obter lucros, diversificação de mercados, aumento do número de consumidores, melhoria da qualidade, aumento da inovação, agregação de valor, redução do efeito da sazonalidade, ganhos de escala, aprendizado e reconhecimento da marca no mercado interno.

Diante desses desafios as empresas necessitam de diferenciais para aumentar sua competitividade no mercado, sobretudo no mercado internacional, onde a concorrência e o nível de exigência são ainda maiores. Com isso, exige-se cada vez mais a capacidade de aprender e inovar continuamente para o crescimento e sustentabilidade dos negócios.

As empresas para garantirem sua sobrevivência no mundo globalizado precisam substituir a postura reativa em prol da postura pró-ativa, ou seja, depende de sua capacidade de antecipação às ameaças e oportunidades que surgem no ambiente.

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