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  • Marcelo Estrela Fiche

TESOURO DIRETO, IMÓVEIS OU AÇÕES


Na próxima quinta-feira, 21/09, o Tesouro Nacional vai lançar na página do Tesouro Direto um simulador comparando aplicações do Tesouro Direto com CDB, LCI e LCA. Para decidir qual seria a melhor aplicação para seu dinheiro entre títulos públicos, imóveis ou ações, primeiramente você tem que responder a seguinte pergunta: Quero correr risco ou não? Se não, você já pode descartar investir em ações. Segundo: Vou precisar de liquidez nos próximos 3 a 4 anos? Se sim, pode descartar imóveis. Veja que em pouco tempo e sem precisar recorrer a planilhas financeiras você já pode tomar a decisão de investir no Tesouro Direto. Já existem alguns sites que comparam os títulos públicos com outras aplicações de renda fixa.

Contudo, analisando o mercado atual devemos ver com mais calma a sua escolha. A economia apresenta sinais, ainda que modestos, de recuperação. A inflação sob controle possibilitou que o Banco Central trouxesse a taxa de juros básica da economia, SELIC, de volta a casa de um dígito (8,25%). Os reflexos da queda da taxa de juros e inflação controlada já podem ser observados no desempenho da Bolsa de Valores que, desde agosto, vem apresentando uma tendência de aumento e com sucessivos recordes no índice Bovespa. Os investidores que se alimentavam com taxas de juros absurdas, se comparada aos níveis internacionais, agora buscam outras fontes para obter altos rendimentos (SELIC passou de 14,25% para os atuais 8,25%). Nesse contexto atual, além dos especuladores de plantão, pequenos investidores tem abandonado as aplicações em títulos públicos dentre os principais: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+.

Se você tem um pensamento mais voltado a uma renda futura, como um complemento a aposentadoria, o recomendável é continuar nos títulos públicos, mais especificamente o Tesouro IPCA+. Tanto o Prefixado como o IPCA+ devem ser comprados com a intenção de manter o dinheiro até o fim do contrato e se possível com aplicações mensais. Se sacar antes, pode ter prejuízo. O investimento paga Imposto de Renda, conforme o período de aplicação: Até 180 dias = 22,5% De 181 a 360 dias = 20% De 361 a 720 dias = 17,5% Acima de 720 dias = 15%.

Anteriormente a queda da SELIC, o Tesouro SELIC sem dúvida nenhuma era a melhor opção para aquele investidor que buscava rentabilidade, segurança e baixo risco. A redução da Selic provocou, também, queda na remuneração da poupança, mas reduziu a diferença de rentabilidade entre a caderneta e as demais aplicações, podendo em alguns casos, dependendo do prazo, render mais. Dentre as aplicações de renda fixa que passarão a render menos temos: CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) com taxas pós-fixadas, os fundos DI além do nosso Tesouro Selic. Importante esclarecer que essas aplicações possuem rendimento atrelado à SELIC ou à taxa DI ( Certificado de Depósito Interbancário que depende da SELIC).

A tabela abaixo demostra uma aplicação de R$ 5.000,00, já descontado o impostos de renda, com mais precisão os efeitos da redução da Selic em comparação com outras aplicações. Aquele gerente de Banco, professor ou colega que pregava que aplicar na poupança era para as velhinhas e titias que não entendiam de investimento, já não corresponde mais. Portanto, meus caros, o principal para quem quer continuar na renda fixa com liquidez é negociar agora a taxa de administração de seu banco ou corretora.

Fonte: revista exame

* A TR considerada foi de 0,10% ao ano. Não há desconto de Imposto de Renda nesta aplicação. ** Taxa DI considerada foi de 8,14% ao ano. *** Houve desconto de uma taxa de 0,5% (CBLC + corretagem)

Com relação aos imóveis, se o aplicador dispõe de recursos para comprar um imóvel e não necessita de liquidez imediata, a hora é agora. Os imóveis se tornaram péssimo negócio nos últimos tempos devido à alta da Selic e a recessão econômica. Em muitas cidades, inclusive Brasília, podemos observar queda de até 30% nos valores dos imóveis. Porém, temos agora um novo cenário, onde as taxas de juros, possivelmente, irão incentivar novamente o mercado imobiliário. Como leva um tempo até esse mercado absorver os efeitos da redução da Selic, comprar um imóvel com o deságio atual e se possível obter um rendimento com aluguel é, sem dúvida nenhuma, a melhor e mais segura opção para investimentos de mais longo prazo.

Por fim, diria que não estou dizendo para não entrarmos na Bolsa, pois existem muitas ações que no médio prazo podem trazer boa rentabilidade, entretanto a dica seria colocar no máximo 10% do seu patrimônio na Bolsa, visto que ela irá subir, mas com muito mais parcimônia daqui para frente.

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