Segundo Snell e Bohlander, 2015, a gestão de desempenho pode ser considerada como o processo de criar um ambiente de trabalho no qual as pessoas podem realizar o melhor de suas habilidades, a fim de alcançar as metas organizacionais. Aspectos como missão, cultura e estratégias da empresa têm influência direta neste processo, já que essas interferem de várias formas na implementação de indicadores e estabelecimento de metas. Para tal realização, porém, é importante que as empresas tenham clareza da diferença entre os conceitos de desempenho, resultado e eficiência. Sendo o resultado a consequência do desempenho, e a eficiência, a análise do resultado.
Seguindo nesse prisma, a gestão do desempenho leva como base o conceito de constructo, que é a percepção formada por impressões pessoais com relação à algum modelo criado mentalmente. Como a gestão de desempenho trabalha com análise de comportamentos pessoais, a ideia do constructo se consagra na própria análise do desempenho. Ainda nesse aspecto comportamental, tal análise de desempenho é melhor analisada a partir de um olhar da Ciência da Psicologia pois o mesmo tema visto a partir de um olhar da Ciência da Administração pode conturbar os temas de resultado, eficiência, lucro e muitos outros nessa mesma análise, viciando assim os resultados.
A gestão de desempenho é importante para dar reconhecimento, diferenciação entre funcionários, e transparência entre os mesmos. Rente à isso, as análises de desempenho podem ser baseadas em inputs (qualidades pessoais), processos (como o trabalho está sendo feito) e em outputs (resultados). Para que o processo seja transparente e justo, é fundamental que seja informado ao funcionário quais pontos serão avaliados e quais habilidades são dele exigidas. Algumas empresas incluem o funcionário na definição dos indicadores e metas, fazendo com que os métodos de análise sejam mais fiéis à realidade e com objetivos alcançáveis.
Em suma, desempenho é um conceito que deve ser relacionado ao indivíduo, de acordo com suas competências, suas atitudes e suas habilidades. Porém, em certos casos, empresas baseiam suas métricas de recompensa em quesitos que podem sofrer interferências do ambiente externo, o que é um erro, e em muitas circunstâncias são fatores que fogem do controle do colaborador. Pode-se concluir que nenhuma forma de avaliação é totalmente justa, já que um método, seja ele qual for, nunca analisará a totalidade dos aspectos, prezando por avaliar uns e deixando de avaliar outros, gerando assim um resultado preciso, porém nunca fiel à realidade.