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  • JOSÉ LUIZ OREIRO

Sobre Complexidade Econômica e Capital Humano: desfazendo alguns equivocos


Prezados leitores,

Em função das informações equivocadas divulgadas recentemente na grande mídia, quero informá-los que:

(i) Nunca afirmei ou escrevi que o capital humano não influencia a complexidade econômica, pelo contrário, no post “https://jlcoreiro.wordpress.com/2017/09/28/o-mito-de-que-a-estrutura-produtiva-nao-importa-uma-analise-dos-dados/” escrevi que “Segundo Hidalgo (2015, cap.10), o conhecimento técnico e científico está embutido nas pessoas (capital humano), nas máquinas e equipamentos (capital físico), na capacidade das pessoas em se conectarem e assim trocar informações (capital social). Dessa forma, aquilo que uma economia produz e exporta revela a sofisticação ou complexidade das suas capacitações produtivas. Além disso, Hidalgo (2015, pp.145-146) define a complexidade econômica como a combinação entre a diversidade e a sofisticação das atividades produtivas, a qual se origina do conhecimento técnico (knowhow) e científico (knowledge) acumulado ao nível da economia como um todo”.

(ii) A frase a Austrália é a exceção que confirma a regra, não foi dita ou escrita por mim.

(iii) Eu nunca defendi as políticas industriais dos governos Lula e Dilma. Aliás nunca defendi subsídio a indústria de transformação. Como novo-desenvolvimentista eu sempre defendi que a melhor política industrial é ter uma taxa de câmbio competitiva. Subsídios só devem ser concedidos a indústria nascente, nunca a indústrias longamente estabelecidas no país.

(iv) A complexidade econômica tem correlação positiva sobre a renda per-capita mesmo ao se controlar para uma série de variáveis (como, por exemplo, o hiato tecnológico e o capital humano), como argumentei recentemente em artigo escrito em co-autoria com Luciano Gabriel e publicado em https://macrododesenvolvimento.wordpress.com/2017/10/11/o-papel-da-complexidade-economica-no-processo-de-desenvolvimento-teoria-e-evidencia-empirica/

(v) Uma análise empírica mais robusta a respeito da relação entre indústria e crescimento de longo-prazo pode ser obtida no artigo “Manufaturing, economic growth and real exchange rate: empirical evidence in panel data” escrito em co-autoria com Luciano Gabriel e Frederigo Gonzaga Jayme Jr e aceito para o encontro da ANPEC de 2017. O mesmo pode ser baixado gratuitamente em https://www.anpec.org.br/encontro/2017/submissao/files_I/i6-0d8a2cbfe866186855adafd4a40853b7.pdf.

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