top of page
  • Aurélio Maduro

Estúpido ou Idiota?


“ É a economia, estúpido! ”, dizia estrategista da campanha do ex-Presidente Bill Clinton dos Estados Unidos, James Carville. A expressão ficou famosa recentemente no marketing político.

Ele a usava para justificar a vitória do seu candidato sobre o ex-Presidente George Bush que havia vencido a Guerra do Golfo e resgatou a autoestima dos americanos após a dolorosa derrota no Vietnã. Parecia favorito absoluto, mas com à economia americana em crise perdeu para o desconhecido governador do Arkansas.

Em publicação recente o filósofo e escritor Renato Janine Ribeiro e o educador Mario Sergio Cortella;

“Política: Para não ser idiota”, fazem uma provocação ao leitor sobre o papel da política nos dias de hoje. Originalmente, para os gregos, o idiota era o cidadão que se dedicava exclusivamente a assuntos particulares, sem destinar parte de seu tempo aos assuntos públicos, nem colaborar para o destino das cidades.

A palavra ganhou depois um tom mais pejorativo, usado para designar o sujeito desprovido de inteligência e bom senso.

Política vem do grego; politéia, politiké e politikós (relativo aos cidadãos). A política passou a denominar arte ou ciência da organização, direção e administração dos Estados, Nações (ou polis). A Ciência Política é o estudo da teoria e da prática da política. Cabe a ela analisar o exercício do poder, as atividades estatais, a administração e a gestão pública, os sistemas políticos, o regime partidarista, as eleições entre outros assuntos.

A união destas ideias traz a reflexão sobre um dos maiores desafios da Ciência Política moderna de como explicar que os representantes já não representam o povo (propondo soluções as demandas sociais), este, por sua vez, já não se interessa pelos assuntos políticos. Por que o descaso dos mais jovens com relação a democracia e o papel atual da cidadania.

Segundo Cortella e Janine para não sermos idiotas em ambos os sentidos da palavra, a população deve participar ativamente da vida pública, considerar a liberdade pessoal e o bem comum. Além dessas questões, os pensadores apontam também algumas ações indispensáveis, como o trabalho com política na escola, o papel da educação, como desenvolver habilidades par a solução de conflitos e construção de consensos.

Nas próximas colunas vamos discutir cada um destes pontos e tentar entender como em um país democrático, com tantos problemas, as pessoas perderam o interesse pela política, que ainda se mostra o único caminho para melhorar as coisas.

54 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page