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  • Arthur Mesquita Camargo e Siegrid

Políticos brasileiros agem na contramão do mercado


Na semana passada, atendendo apelos até da belíssima Gisele Bündchen, Michel Temer vetou dispositivos que poderiam diminuir zonas de proteção ambiental. A discussão sobre o tema teve início em maio quando os congressistas alteraram o texto das medidas provisórias 756 e 758. Apesar do veto do presidente, a ação dos políticos causou estragos na imagem brasileira, em especial, no noticiário relacionado à economia verde.

Coincidentemente, nesta mesma semana, a Noruega, principal financiador do Fundo da Amazônia, anunciou que vai reduzir os repasses ao fundo pela metade, algo próximo a 200 milhões. Desde a concepção do Fundo, a Noruega já repassou mais de R$ 2,8 bilhões ao projeto, que executa 89 ações em áreas como combate ao desmatamento, regularização fundiária e gestão territorial e ambiental de terras indígenas.

Em que pese a diminuição do repasse está relacionado ao aumento do nível de desmatamento, o governo brasileiro foi duramente criticado por autoridades norueguesas em razão dos dispositivos aprovados pelo Congresso Nacional e vetado pelo Presidente. Vale lembrar que a Alemanha, segundo maior financiador do fundo verde, também estudo reduzir os repasses, seguindo os mesmo termos noruegueses.

O Brasil age na contramão de todo o mercado financeiro que, atualmente, estuda dar passe fundamental para o avanço da economia de baixo carbono e socialmente responsável. A estimativa é de que os grandes fundos de investimentos globais, incluindo os fundos soberanos, de previdência, seguradoras e demais gestores de recursos, desloque mais de de US$ 7 trilhões dólares da chamada economia “suja” e colocando na economia “limpa” nos próximos cinco anos.

Entre estes fundos, podemos citar o Fundo Soberano da Noruega (o que diminuiu os repasses para o Fundo da Amazônia). Atualmente, o fundo gerencia cerca de US$ 1 trilhão em ativos e, recentemente, retirou do seu portfólio empresas que exploram a cadeia do carvão.

Bom, de toda forma, para entendermos melhor os dispositivos aprovados pelo Congresso Nacional e vetados pelo Presidente da República, chamamos nossa Argonauta Siegried Guiliumon.

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