A conectividade de hoje nos permite visualizar as estruturas sociais e organizacionais como redes. Redes nas quais diversos atores interagem se conectando através de nós para compartilhar informações. Há um uma estrutura em forma de rede - e um fluxo. Esta metáfora se aplica tanto às organizações na sua interlocução com outras, nas redes sociais que conectam indivíduos com interesses comuns, nas comunidades quando nos damos conta que outras pessoas conhecem pessoas que conhecemos por outras histórias...
Mas me explique aí o que são organizações rizomáticas?
Visualizar as organizações como rizomáticas é um novo passo na tentativa de compreender os arranjos organizacionais. O atributo rizomático remete à raízes. As raízes em muito se parecem com redes, mas não são fechadas em si mesmas. As raízes crescem através de ramos e vão se ampliando em busca de nutrição e vitalidade. Dão estabilidade à planta. Não param de crescer.
Neste sentido, as organizações rizomáticas são aquelas que vão ampliando suas redes infinitamente. O rizoma reflete sua natureza EXPANSIVA e EFÊMERA. São redes de redes sem fim, sem perspectiva de inação. A elas vão se articulando e somando outras redes de redes, um emaranhado crescente de informações e interesses em expansão. São formatos organizacionais capazes de sobreviver em ambientes híbridos. Se relacionam com situações vivas e que constantemente 'se tornam'.
As organizações rizomáticas são criativas, autônomas, sem uma unidade de tomada de decisão, sem hierarquia. Elas se destacam porque as organizações tradicionais são funcionais, e a sociedade é rizomática.
O termo “rizomático” na gestão é a incorporação da linguagem da tecnologia de informação – deste campo do conhecimento. Faz sentido porque as organizações rizomáticas utilizam tecnologias conectivas para se organizar de maneira rizômica e virtual. O conceito de organizações rizomáticas é ainda muito recente e um conceito aberto, em transformação. Assim como são estas organizações.
Tá explicado?